sexta-feira, janeiro 26, 2007

HÁ UMA ESTAÇÃO NA MINHA CIDADE...

Há uma estação
na minha cidade
que o sol de inverno
quase não visita
feita de emoção
feita de ansiedade
que quem chega ou parte
embora com pressa
a acha bonita...
E quando o sol espreitando
seus raios projecta
por entre friestas
duma cor dourada
vem dizer da luz
vem lembrar as festas
e a juventude
sempre mui inquieta
e mesmo a velhice
fim da caminhada...
E os viajantes
essa multitude
passando apressados
dos anos pendentes
quais brincos de cor
na orelha do tempo
quedam-se encantados
do lugar ausentes
ausentes da dor
e por um momento
esquecendo cuidados...
Há uma estação
na minha cidade
feita de beleza
feita de magia
onde desce a dor
e chora a tristeza
onde entra o riso
onde há alegria.
E nessa estação
da minha cidade
que o sol de inverno
quase não visita
há sol de esperança
e bulício eterno
sonho de bonança
que afasta a desdita!...
há uma estação
na minha cidade
de que eu gosto tanto
tanto, mas tanto
e essa estação
da minha cidade
é uma estação
com nome de Santo!...


Maria Mamede

9 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Olá, Maria Mamede,
Aqui o chato do Luís Gaspar (http://www.estudioraposa.com) que lhe vem pedir que entre em contacto comigo (luisgaspar@truca.pt) pois gostaria de conseguir a sua autorização para ler alguns dos seus trabalhos no "Lugar aos Outro".Uso esta mensagem porque não encontrei o seu email nos blogues. Cegueta!
Preciso da sua autorização e de mais umas coisitas que lhe explico, se me escrever.
Cumprimentos do
Luís Gaspar

3:17 da tarde  
Blogger lena said...

Maria Mamede doce poeta:

há poesia na tua cidade!

há cor na tua poesia

há magia que brota em cada verso teu

há o caminho das palavras...


tanta emoção que vai crescendo neste teu extraordinário poema

és poeta, é assim que te sinto, és poema, é assim que te imagino

abraço-te com muita ternura, menina linda

beijinhos muitos

lena

6:48 da tarde  
Blogger De Amor e de Terra said...

Olá Luis Gaspar. Obrigada, fico muito honrada com o pedido.
Um beijo a até já.

À Lena, (dos olhos mais doces que a Améla da cantiga) , o meu agradecimento pela delicadeza que sempre tem para comigo.
Um beijo e obrigada.
Maria Mamede

6:59 da manhã  
Blogger Pedro Branco said...

Seja qual for o nome dessa estação, seja daquelas que passam todos os anos ou das que servem de passagem, seja das que se enchem de gente ou das que se embelezam com o tempo e com a solidão... é uma estação por onde passo. Obrigado.

9:46 da manhã  
Blogger Flor de Tília said...

"há uma estação
na minha cidade
de que eu gosto tanto
tanto, mas tanto
e essa estação
da minha cidade
é uma estação
com nome de Santo!..."

Minha Querida Amiga!

Há uma estação na sua cidade de que eu gosto tanto, há um rio na sua cidade de que eu gosto tanto, há o casario que desce a beijá-lo, de que eu gosto tanto, há o aroma das tasquinhas, das francesinhas de que eu gosto tanto, há o bulício das ruas com os corações das gentes tripeiras a palpitar de vida, de que eu gosto tanto, há a luz dourada daquele pôr do sol incomparável,de que eu gosto tanto,há o aroma atlântico, de que eu gosto tanto, há o coração sincero das gentes nortenhas e há uma Poeta , com Engenho e Arte, que nos fascina com poemas deslumbrantes.
Obriga minha amiga pela magia,sensibilidade e amor com que nos presenteia em cada composição que aqui nos deixa.
Beijossssssssssssssssssssss

10:17 da manhã  
Blogger De Amor e de Terra said...

Olá Isabel, obrigada minha Amiga!
É muito bom saber que outras pessoas gostam do que escrevemos!
Dá incentivo para continuar.
Um beijo

Ao Pedro Branco, embora já tenha deixado o meu "recado", quero também agradecer,não só por mim, mas também porque vi que gosta da minha estação e da minha cidade.
Um abraço

Maria Mamede

6:13 da tarde  
Blogger De Amor e de Terra said...

Olá Luis! Já enviei resposta através do e-mail.
Obrigada e um abraço


Maria Mamede

6:14 da tarde  
Blogger wind said...

Sempre tão belos os teus poemas:))))
beijos

3:44 da tarde  
Blogger jorge esteves said...

Há por aí um santo com nome de Bento que lhe fizeram estação onde antes era convento. Coincidência essa de nesse convento haver memórias de poemas ditos por um magricela mancebo que de amores andava perdido por uma noviça. Mancebo de apelido Junqueiro...
Por lá e por aqui: Poesia!
Afectuosamente

5:44 da tarde  

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